O Dia Mundial do Pão, celebrado em 16 de outubro, destaca a relevância desse alimento essencial, certamente presente em mesas de todas as regiões do país. O pão, além de simbolizar abundância ao longo da história, está diretamente associado ao desenvolvimento da civilização. No Brasil, o pão de forma se destaca pela praticidade e versatilidade, sendo responsável por 36,84% do faturamento da categoria até agosto de 2024.

O pão industrializado é parte fundamental da alimentação no país, especialmente no café da manhã. Um estudo recente da Kantar Brasil, em parceria com a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), revela que 94,7% dos lares brasileiros compram pão, com uma média de 17 aquisições anuais. Além disso, 31,1% dos consumidores compram esse tipo de pão toda semana, com uma média de quatro compras por semana. Mesmo com novas alternativas surgindo, o pão industrializado segue sendo a escolha preferida pela praticidade no dia a dia.

Leia mais: Melhores cursos de panificação online

Dia Mundial do Pão: celebrando a sua evolução

Historicamente, o pão foi mais do que um alimento. No Antigo Egito, por exemplo, ele era utilizado como moeda e estava associado à vida após a morte. Os faraós deixavam pães nos túmulos, acreditando que seriam úteis na vida eterna.

A técnica de fermentação, como a conhecemos hoje, surgiu por acaso há cerca de 4.000 anos, quando uma massa exposta ao ambiente entrou em contato com leveduras naturais, resultando em um pão mais leve e saboroso, que logo se tornou parte essencial da dieta. Durante a Idade Média, o “pão de mesa” era literalmente utilizado como prato, sendo comido ou descartado após a refeição.

O pão, um dos alimentos mais antigos da humanidade, teve um papel marcante em diversos momentos históricos. Em 2018, arqueólogos encontraram indícios de que sociedades pré-agrícolas já produziam uma espécie de pão rudimentar há cerca de 14.000 anos, utilizando cereais selvagens. Aliás, outro momento crucial foi durante a Revolução Francesa, onde a falta de pão foi uma das causas dos protestos que culminaram na queda da monarquia.

Nos dias de hoje, a busca por opções saudáveis não é o único critério ao escolher o pão. O sabor continua sendo um fator decisivo, e os pães zero e light têm evoluído para oferecer tanto saudabilidade quanto prazer ao consumir. Enquanto os baby boomers preferem pães integrais por suas propriedades nutricionais, as gerações Z e Alpha estão cada vez mais conectadas às versões zero/light.

Conforme Claudio Zanão, presidente-executivo da Abimapi, o desafio da associação é mostrar que é possível unir uma alimentação saudável, prática e saborosa. Por fim, produtos como os pães zero e light são opções inteligentes para quem busca cuidar da saúde sem abrir mão do prazer de uma refeição, ressaltando que essa tendência continuará a crescer nos próximos anos.

 

Créditos – Destaque: Freepik